No final do ano de 2013, ações da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Pólo Regional do Vale do Paraíba (APTA) e da Organização Não Governamental Pátio das Artes fomentaram a participação popular em prol da agroecologia gerando um grupo gestor para articulação da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba.
Formada pela conexão de diferentes matrizes do ensino, pesquisa e extensão comunitária, essa Rede tem como foco disseminar os Sistemas Agroflorestais (SAFs) na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul para fortalecer a produção e promover a restauração ecológica fazendo circular informações referentes a esses temas.

Os mutirões agroflorestais da Rede uniram agricultores familiares da reforma agrária, produtores e empresários rurais, pesquisadores, educadores, estudantes, técnicos, gestores ambientais de unidades de conservação e representantes de organizações não-governamentais, entre outros atores.
Do ponto de vista da Rede, os SAFs são uma das formas mais sustentáveis de promover a restauração da Mata Atlântica ao converter o ecossistema degradado em um outro muito mais produtivo, com baixo uso de recursos externos e de capital, inserindo os agricultores nos processos de restauração ecológica.
Os SAFs ajudam a recuperar a capacidade produtiva dos solos ao consorciar culturas agrícolas com a vegetação arbustiva e arbórea e promove o recobrimento do solo que facilita o controle de gramíneas invasoras melhorando as condições de sobrevivência das espécies florestais. O manejo dessa vegetação com podas recicla nutrientes e adiciona matéria orgânica na superfície do solo, aumentando a luminosidade que estimula o crescimento de espécies cultivadas em associação.

A vegetação nos SAFs combate a erosão ao interceptar as gotas de chuva pela copa e camada de serrapilheira que se forma sobre o solo, o que reforça a infiltração da água que abastece os aquíferos subterrâneos fazendo ressurgir nascentes em áreas degradadas por séculos de exploração predatória.
Com isso, os SAFs estão melhorando a paisagem e agregando valor à terra ao promover a restauração e a conservação de habitats naturais, que se tornam corredores de ligação entre fragmentos florestais do vale, Serra do Mar e Serra da Mantiqueira. Isto, envolvendo inúmeras propriedades rurais. Ao melhorar o fluxo de animais silvestres dispersores de sementes, os SAFs fortalecem a diversidade biológica e inserem os agricultores nos trabalhos de restauração ecológica.
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